Mais da metade dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Pela primeira vez desde 2012, elas assumem a maioria do lares (51% deles), incluindo aqueles onde vivem mais de uma família, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2022,

Em outras palavras, a pesquisa do IBGE divulgada na última sexta-feira, 16, aponta que as mulheres não só chefiam seus núcleos familiares, mas são responsáveis por casas onde residem outras famílias.

Evolução gradual e constante

Das 74 milhões de moradias existem no Brasil em 2022, 51% estão sob responsabilidade de mulheres. Em 2012, o percentual era outro: 64% dos 61,4 milhões de domicílios eram chefiados por homens.

Homens são responsáveis por menos lares

A pesquisa do IBGE também aponta que o fenômeno também é observado em números absolutos. Enquanto o número de domicílios no país entre 2012 e 2022 cresceu 16,4%, o de lares chefiados por mulheres aumentou 72,4%. Em sentido oposto, o total de moradias comandadas por homens caiu 8,2%.

Nordeste lidera mudança de perfil

O estudo ainda mostra diferenças regionais importantes. Enquanto o Nordeste tem o maior número de lares chefiados por mulheres — seguido pelo Sudeste —, nas regiões Norte e Sul, a responsabilidade ainda é, em maior parte dos homens.

62,3% dos lares com mais de uma família são chefiados por mulheres

A Pnad ainda aponta que as mulheres são responsáveis por quase 2/3 dos domicílios com a chamada Família Estendida — quando uma ou mais famílias e outras pessoas relacionadas dividem a mesma moradia. Nas demais formações familiares, o predomínio ainda é masculino.

Em outras palavras, as mulheres lideram moradias que reúnem formações mais complexas, como lares com famílias nucleares e outras pessoas relacionadas ao núcleo — como uma mãe com filho(s) e outros parentes ou um casal com outros parente ou ainda duas ou mais famílias nucleares relacionadas entre si.