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Militares golpistas do Níger anunciam formação de novo governo

A formação do gabinete coincide com reunião da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), que pretende tomar "decisões importantes" sobre a região

Da AFP | Niamei, Níger
#INTERNACIONAL10 de ago. de 232 min de leitura
Apoiadores do Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP) do Níger se manifestam em Niamey em 6 de agosto de 2023. Foto: AFP
Da AFP | Niamei, Níger10 de ago. de 232 min de leitura

O regime militar que surgiu de um golpe de Estado no Níger formou um governo, informa um decreto assinado pelo novo homem forte do país, o general Abdourahamane Tiani, lido na televisão nacional durante a madrugada de quinta-feira, 10. 

O governo, anunciado pouco antes de uma reunião de cúpula crucial nesta quinta-feira em Abuja (Nigéria) entre os países vizinhos do Níger na região da África Ocidental, é liderado pelo primeiro-ministro Ali Mahaman Lamine Zeine.

O novo Executivo inclui 20 ministros: os titulares da Defesa e do Interior são generais do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP) que tomou o poder.

O novo governo marca a consolidação do regime militar desde que derrubou, em 26 de julho, o presidente eleito Mohamed Bazoum, detido desde então. 

A formação do gabinete coincide com uma reunião da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) em Abuja, que pretende tomar "decisões importantes", segundo o bloco regional.

A organização reiterou a preferência pela via diplomática para "restabelecer a ordem constitucional" no Níger, mas não descartou o uso da força.

Os novos líderes de Niamei consideram a Cedeao uma organização sob controle da França, ex-potência colonial.

Na quarta-feira, os militares acusaram a Cedeao de ter violado o fechamento do espaço aéreo em vigor desde domingo e de ter "liberado prisioneiros terroristas". As acusações foram rapidamente negadas por Paris.

Níger é o quarto país dentro do bloco regional a registrar um golpe de Estado desde 2020, depois de Guiné, Mali e Burkina Faso.

O país era um dos últimos aliados das potências ocidentais na região do Sahel, desestabilizada pela violência de grupos islamitas presentes na região.

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