A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro analisou nesta terça, 13, 285 requerimentos para dar continuidade aos trabalhos. Os requerimentos foram votados em blocos, sendo 222 aprovados e 63 rejeitos.

Entre os aprovados, está o que libera acesso à comissão aos dados extraídos do celular do ex-presidente, Jair Bolsonaro, pela Polícia Federal (PF) nas investigações dos suposto esquema de fraude nos cartões de vacinação dele e da filha. Foram aprovados também os acessos às quebras de sigilo realizadas nos celulares de Mauro Cid e Ailton Barros.

Também passaram os requerimentos para convocar aliados de Bolsonaro. Entre os nomes estão seu antigo ajudante de ordens, Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da defesa, Walter Braga Netto e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno.

Foram rejeitados, porém, os pedidos para convidar o ministro da Justiça, Flávio Dino para comparecer à CPMI, a convocação do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, além da solicitação de imagens das câmeras internas do Ministério da Justiça e do Palácio do Planalto.

Congressistas da oposição acusaram a base aliada de tentar proteger o governo. "O governo quer votar apenas os requerimentos deles e rejeitar os requerimentos da oposição. Nós não podemos permitir que isso aconteça", disse o deputado Filipe de Barros (PL-PR).

A CPMI se reúne novamente na próxima terça, dia 20.