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Após demissão de general, ex-interventor da Segurança Pública do DF assumirá GSI

Da redação Headline | São Paulo e Rio de Janeiro

Ricardo Cappelli foi escolhido pelo presidente Lula para assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no lugar de Marco Gonçalves Dias

19 de abr. de 233 min de leitura
19 de abr. de 233 min de leitura

O general Marco Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quarta-feira, 19, após divulgação de imagens que o mostram circulando entre bolsonaristas dentro do Palácio do Planalto durante invasão no dia 8 de janeiro.

O ex-interventor da segurança no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A nomeação foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, aos jornalistas na noite desta quarta-feira (19), após a demissão do ministro Gonçalves Dias.

Dias pediu demissão após a divulgação de vídeos das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, revelados pela CNN, mostrando a atuação de integrantes do GSI durante os atos. É possível ver agentes do GSI cumprimentando os invasores, oferecendo água para eles e até os orientando durante a invasão.

Após o vazamento das imagens, Gonçalves Dias cancelou sua presença em uma sessão da Câmara, apresentando atestado médico. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião emergencial para decidir como lidar com a situação, segundo o Metrópoles. No fim do dia, o general pediu demissão, colocando seu cargo à disposição.

Essa é a primeira queda de um membro do alto escalão do governo Lula.

Imagens do circuito interno do Palácio do Planalto divulgadas pela CNN.

GSI e Secretaria de Comunicação Social divulgam notas oficias à imprensa

Em nota, o GSI informa que as imagens divulgadas mostram "a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos".

O órgão ainda diz que as condutas dos agentes que teriam colaborado com os invasores serão apuradas e os autores responsabilizados.

Já a Secretaria de Comunicação Social, em sua nota, sem citar o nome do general e sua relação próxima com Lula, declara que "a violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio".

Segundo a nota, "as imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais". E continua: "no dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões".

A Secretaria de Comunicação Social destacou ainda que "todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito" e que "o governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio".

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