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Lenda do rock, Tina Turner morre aos 83 anos

Cantora foi oito vezes ganhadora do Grammy, bateu recorde de público e vendeu mais de 200 milhões de discos.

Gaía Passarelli, da Headline, com AFP | São Paulo
#MÚSICA24 de mai. de 233 min de leitura
Tina Turner se apresenta no palco durante a 50ª premiação anual do Grammy realizada no Staples Center em 10 de fevereiro de 2008. Foto: Kevin Winter / Getty Images North America / AFP
Gaía Passarelli, da Headline, com AFP | São Paulo24 de mai. de 233 min de leitura

A cantora americana Tina Turner, considerada uma lenda do rock, que eletrizou plateias desde os anos 1960 e lançou álbuns de grande sucesso ao longo de cinco décadas, morreu aos 83 anos, segundo nota publicada nesta quarta-feira, 24. A causa da morte não foi divulgada.

"É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner", informou uma publicação na página oficial no Instagram da cantora, oito vezes ganhadora do Grammy.  "Com sua música e sua paixão sem medida pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã", prosseguiu a nota.

Tina Turner nasceu em Nutbush, uma comunidade rural, filha de agricultores do Tennessee, em 1939, e começou a cantar como parte de um coral de igreja, na infância. Seu nome real era Anna Mae Bullock.

A cantora, que morou na Suíça em seus últimos anos, despontou para o estrelato ao lado do marido, o guitarrista e compositor Ike Turner, no final dos anos 1950. Como parte do duo Ike & Tina, gravou mais de vinte discos de estúdio e excursionou por EUA, Europa e Ásia com enorme sucesso até meados da década de 1970.

Em 1966, Tina gravou "River Deep, Mountain High", produção de Phil Spector, sem Ike. Em 1989, aos 50 anos, fez uma apresentação histórica cantando essa música no Rock'n'Roll Hall of Fame.

Depois que seu casamento conturbado e violento chegou ao fim, Tina se divorciou mantendo o nome artístico, e gravou seu primeiro álbum em 1974. Como artista solo ela vendeu mais de 200 milhões de discos, incluindo os enormes sucessos "Private Dancer" (1984) e "Breaking Every Rule" (1986).

No cinema, participou da opera rock "Tommy", do The Who, em 1975. Mas seu mais icônico papel foi como Aunty Entity em "Mad Max Além da Cúpula do Trovão", em 1985.

Em 1988, Tina cantou para 180 mil pessoas no Estádio do Maracanã — à época, o maior público para um artista solo, superando Frank Sinatra e colocando seu nome no Guinness Book of Records.

A cantora era muito fã do Ayrton Senna e dedicou a ele a canção "Simply The Best" em um concerto logo após o GP da Austrália em 1993.

Entre os artistas com quem Tina repartiu palco estão David Bowie, Mick Jagger, Cher, Rod Stewart, Elton John e Beyoncé. Ela entrou para o Rock'n'Roll Hall of Fame em 2021.

Angela Basset interpretou Tina Turner na cinebiografia "What's Love Got To Do With It", de 1993. O filme mostra sem reservas a personalidade violenta de Ike, e a volta por cima de Tina.

Em 1995, Tina abandonou a vida pública, renunciou à cidadania norte-americana e assumiu nacionalidade suíça. Ela morou no país, em uma mansão nos arredores de Zurique, até sua morte, em 2023.

Quem estiver em São Paulo pode ver maisd e Tina Turner, incluindo imagens pouco conhecidas de bastidores e gravações, na mostra "Tina Turner: Uma Viagem Para o Futuro", em cartaz no Museu da Imagem e do Som, com 120 fotografias de diversas facetas da cantora.

Imagem de Tina Turner na mostra do MIS, em São Paulo.
Imagem de Tina Turner na mostra do MIS, em São Paulo. Foto: divulgação/MIS.
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