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Governo brasileiro apresenta candidatura de Thelma Krug à presidência do IPCC

Brasil lançou nome da pesquisadora para a presidência do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, sigla em inglês) nesta segunda-feira, 10

Redação de Headline | Rio de Janeiro
#MEIO AMBIENTE10 de abr. de 232 min de leitura
Thelma Krug é candidata do Brasil à presidência do IPCC. Foto: Divulgação
Redação de Headline | Rio de Janeiro10 de abr. de 232 min de leitura

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) pode ter no comando, em breve, uma pesquisadora brasileira. Ao menos, esse é o desejo do governo brasileiro, que lançou, nesta segunda-feira, 10, a candidatura da pesquisadora Thelma Krug à presidência do órgão das Nações Unidas — atualmente, ela ocupa uma das vice-presidências do IPCC.

Se eleita, ela será a primeira mulher à frente do órgão responsável por avaliar a ciência relacionada à mudança do clima. Também seria a primeira vez que alguém representando a América Latina ocuparia a presidência do órgão.

Criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1988, o IPCC tem sido determinante para alertar sobre as implicações do aquecimento global.

Desde sua criação, o órgão já publicou seis relatórios de avaliação, documentos que resumem a situação atual das mudanças climáticas, seus impactos, riscos generalizados e as possibilidade de mitigação e adaptação a elas. O último foi publicado em março deste ano.

A candidata brasileira já ocupa, desde 2015, uma das três vice-presidências do IPCC. Com graduação em matemática pela Roosevelt University, em Chicago, nos Estados Unidos, tem mestrado em Probabilidade e Estatística pela mesma universidade e doutorado em Estatística Espacial pela University of Sheffield, em Sheffield, na Inglaterra.

Com experiência nos temas associados às mudanças climáticas, segundo nota do Ministério de Minas e Energia, fez carreira dentro Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) como pesquisadora titular. No governo brasileiro, conforme a pasta, foi "secretária no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), de 2001 a 2003, e no Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 2007 a 2008, onde também ocupou cargo de diretora, de 2016 a 2017". No IPCC, também esteve à frente, como copresidente, por dois ciclos de avaliação (2002 a 2015), da Força Tarefa sobre Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa.

Conforme o Ministério de Minas e Energia, "a candidatura de uma cientista de renome reflete a prioridade que o Governo brasileiro confere aos esforços globais para combater a mudança do clima, tanto em adaptação como em mitigação, do que também é exemplo a candidatura da cidade de Belém, no Pará, para sediar a 30ª Conferência das Partes da UNFCCC (COP 30), em 2025".

As eleições ocorrerão na 59ª Sessão Plenária do IPCC, a ser realizada em Nairóbi, no Quênia, de 24 a 28 de julho deste anos.

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